sábado, 25 de abril de 2020

Nossos sufrágios e a gratidão das Almas do Purgatório

Nossos sufrágios e a gratidão das Almas do Purgatório

Que os sufrágios que prestamos às pobres almas sofredoras do purgatório seja uma obra muito meritória e receberá certamente grande recompensa de Deus, nenhum teólogo o contesta. É uma obra de caridade, e Nosso Senhor, que promete recompensa até a um copo de água dado em seu Nome, como não há de ser propício a quem socorre as mais miseráveis e infelizes e desprotegidas criaturas: as pobres almas, que nada podem fazer por si para se livrarem dos tormentos a que estão submetidas pela Divina Justiça e dependem da nossa caridade! É certo que as almas libertadas das chamas da expiação, no céu, intercedem por seus benfeitores, porque estão cheias da Divina Caridade e podem, como os Santos, nos valer neste mundo. Portanto, o mérito que adquirimos com a caridade do sufrágio será bem recompensado porque a ingratidão nunca entrou no céu e as santas almas salvas por nós serão nossas advogadas e tudo farão por nós junto de Deus.

Ora, se Nosso Senhor declara que no dia de Juízo há de dar o céu e uma grande recompensa às obras de caridade, não há de recompensar generosamente estas obras de caridade para com as benditas almas?

Tem muito mérito o sufrágio, o socorro às benditas almas.

domingo, 12 de abril de 2020

Dois benefícios ao fiel católico que visita piedosamente os cemitérios

Dois benefícios ao fiel católico que visita piedosamente os cemitérios

a) rezar pelos mortos, lá onde estão enterrados (claro que a alma não está lá, mas o corpo sim, e ele também é elemento do ser humano, e será ressuscitado: evitemos esse espiritualismo de raiz platônica e gnóstica);

b) refletir sobre a nossa própria morte, para que nos santifiquemos.

“Estas reflexões evidenciam a importância dos cemitérios. Eles guardam os corpos que serviram à vida, até à chegada da morte.E aí esperam a ressurreição final. As catacumbas, admiráveis demonstrações da Fé cristã nos primeiros séculos, são alvo da devoção e do carinho dos discípulos de Jesus. Documentam a perseverança na Fé e, com freqüência, até o heroísmo do martírio. Na Idade Média, as sepulturas eram feitas em igrejas e imediações. Mesmo em qualquer outro lugar, era sempre uma área santa, merecedora de solene bênção. Era reservada exclusivamente aos fiéis, mas hoje dá a última hospitalidade a todos, inclusive não-cristãos. E a eles vão os parentes e amigos para o sepultamento – ou, como é o caso do Dia de Finados – recordar os que nos precederam e por eles rezarem. (…) A visita ao cemitério desperta em nós a meditação sobre os Novíssimos.” (Dom Eugênio de Araújo Cardeal Sales. Diante da Morte, em 26/10/2001)

Da visita piedosa aos cemitérios

Da visita piedosa aos cemitérios

A Igreja, aliás, vê com muito bons olhos e recomenda vivamente a visita aos cemitérios para rezar pelas almas. Tanto que os cemitérios católicos são considerados lugares sagrados pelo Direito Canônico.

No fundo, esse “medo” ou “aversão” aos cemitérios, tão comuns nos dias de hoje mesmo entre os católicos, é um sintoma de uma sociedade doente, não-cristã, que não convive bem com a morte. Tal medo, com certeza, não existiria com tanta freqüência numa época mais católica, como a Idade Média

A visita aos cemitérios é uma prática, em suma, muitíssimo devota. Cuidar do túmulo, rezar diante da tumba, colocar flores. O ser humano é psicossomático, e a Igreja, sabendo disso, aconselha que visitemos os cemitérios justamente para excitar nossa inteligência e nossa imaginação a fim de que pensemos mais nos mortos.

A tradição da Igreja exortou sempre a rezar pelos mortos. O fundamento da oração de sufrágio encontra-se na comunhão do Corpo Místico… Por conseguinte, recomenda a visita aos cemitérios, o adorno dos sepulcros e o sufrágio, como testemunho de esperança confiante, apesar dos sofrimentos pela separação dos entes queridos”(João Paulo II, in L´Osservatore Romano, n. 45, de 10/11/91).

Os cemitérios cristãos são testemunhos da esperança que o católico cultiva como virtude teologal, e da qual pouco se fala em comparação com a fé e com a caridade.

Ter aversão aos cemitérios, ou deixar de ir tanto a eles, pode significar que, no fundo, não temos assim tão presente essa virtude.

Alguns objetarão que lá só existem os corpos, que as pessoas, de verdade, lá não estão, e sim na vida eterna (na glória, no inferno ou em purificação no purgatório).

Realmente, ninguém está no cemitério, exceto o coveiro. Mas nem por isso, a Igreja deixa de incentivar as visitas. Qual o motivo? Porque, lá jaz um corpo de um homem. E esse corpo foi templo do Espírito Santo. Esse corpo um dia ressuscitará. Esse corpo é um sinal e um testemunho de que a vida passa, mas a alma é imortal. Esse corpo nos ajuda a perceber a realidade da morte. Esse corpo nos ajuda a rezar mais e melhor pela alma do falecido.

"O gesto de levar flores ao cemitério, fazer uma visita, uma oração… tudo isso é expressão de certa união diferente, mas real.” (Pe. Octávio Ortiz, LC, in Sacerdos)

Não somos, evidentemente, obrigados a ir aos cemitérios. Sem embargo, trata-se de uma prática muito piedosa da qual não devemos descuidar.

Certo, pode-se lembrar dos fiéis defuntos fora do cemitério. Como lugar sagrado, entretanto, o cemitério é uma parcela importante da piedade para com os mortos.

sábado, 11 de abril de 2020

O Rito das Exéquias

O Rito das Exéquias

Exéquia é um conjunto de ritos e orações que a Igreja faz, por ocasião da morte de um fiel cristão, desde o momento que expira até seu cadáver ser colocado no sepulcro ou incinerado.

O ritual vai além de uma simples cerimônia de encomendação de defuntos durante o velório. Ele é um direito do cristão e um dever dos ministros da Igreja e da comunidade eclesial para com os irmãos falecidos.

Celebrar o rito com o corpo presente é acompanhá-lo até o fim e realizar a sua entrega a Deus. O rito das exéquias deve exprimir a índole pascal da morte cristã e corresponda ainda melhor às condições e tradições das diversas religiões também com relação à cor liturgia.

Os ritos e orações na morte de um cristão podem ser visto como simples prova de sentimento humano, mas em outras culturas os funerais tiveram um significado religioso, muito mais no cristianismo, para o qual todo o autenticamente humano é susceptível de adquirir sentido sagrado.

A celebração litúrgica tem seu próprio lugar: o viático e a recomendação do moribundo constituem as ações litúrgicas que convertem de um ato fisiológico numa celebração cristã. A morte pode ser objeto de celebração litúrgica quando está ligada com o mistério pascal de Jesus Cristo, única realidade que é de fato celebrada pelos cristãos.

Através das exéquias a Igreja reza pelos defuntos e dá ensinamentos aos vivos, e celebra a morte como um evento de salvação.

O Sacramento da Extrema Unção

O Sacramento da Extrema Unção

Extrema Unção é o Sacramento que nos prepara para a morte. Do mesmo modo que em uma doença nos coloca em perigo de morte, precisamos de um fortalecimento especial para o corpo, precisamos igualmente fortalecer a alma, deixando-a pronta para esta passagem, quando estaremos indo para junto de nosso Senhor Jesus Cristo para sermos julgados pelos nossos atos.

Para ajudar o cristão a ir para o Céu em seu momento de doença grave, Jesus Cristo lhe vem em auxílio e institui o Sacramento da Extrema Unção. Todo católico que, por doença, acidente ou velhice avançada, estiver em perigo de morte, deve receber a Extrema Unção. Mesmo as crianças com doenças graves e em perigo de morte podem também receber a Extrema Unção. Normalmente devemos receber a Extrema Unção já tendo recebido a absolvição dos nossos pecados. Ao menos devemos ter o arrependimento de todos os nossos pecados.

Os demais sacramentos que recebemos são sacramentos que nos preparam e que nos fortalecem para a vida terrena com Cristo. Já a Extrema Unção é o Sacramento que nos prepara para a morte e para a Vida Eterna.

Cemitérios - Desmistificando crendices, mentiras, mitos e heresias

Cemitérios - Desmistificando mitos, crendices, mentiras e heresias

A Liturgia tem uma Bênção solene para os cemitérios, que é reservada aos bispos. Nele se planta uma cruz bem grande (Cruzeiro), que é a lembrança da Santa Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo. O cemitério é a terra da Cruz, pois tudo ali nos fala da Cruz de Cristo. Em cada sepultura uma cruz, o símbolo da Redenção. O cristianismo santificou a cruz nos sepulcros cristãos com honras e piedosas preces.

Como são belas e sagradas as inscrições que são deixadas nas catacumbas! Todas falam da imortalidade e do Céu.

É a Igreja que abençoa os cemitérios, abençoa os sepulcros e pede ao Senhor Jesus que mande um Anjo para guardar cada uma delas.

Elas só querem o nosso carinho, cuidado e orações e não o nosso medo

Elas só querem o nosso carinho, cuidado e orações e não o nosso medo

Que presente (embora assustador, mas maravilhoso) ganharíamos se alguma noite fôssemos despertados pela presença da alma de um falecido, seja parente, amigo ou até mesmo desconhecido, nos pedindo orações, sacrifícios e Missas para se libertar dos sofrimentos do Purgatório! E seria extremamente bom se essa alma sofredora nos deixasse algum sinal perceptível e duradouro, para que à luz do dia, tivéssemos a certeza de que aquela visita não foi apenas um pesadelo ocasionado por algum excesso no jantar.

As almas do Purgatório não nos podem fazer mau, mesmo até porque são almas muito queridas por Jesus... Elas só se aproximam de nós para nos pedir ajuda e orações, pois são muito carentes, precisam e dependem totalmente de nós, por isso o católico fiel devoto jamais deve ter medo. Os únicos que podem nos fazer o mau, se permitirmos, são os demônios e os vivos, mas jamais as Santas Almas, que necessitam do nosso carinho, ajuda e amor e não do nosso medo.

Porque acendemos velas pelas almas

Porque acendemos velas pelas Almas do Purgatório

O acender velas é um costume bíblico antigo, como vemos no mandamento do Senhor a Moisés:

"O Senhor disse a Moisés: 'Ordena aos israelitas que te tragam óleo puro de olivas esmagadas para manter continuamente acesas as lâmpadas do candelabro. Disporás as lâmpadas no candelabro de ouro puro para que queimem diante do Senhor'". (Lev 24, 1-4)

Farás um candelabro de ouro puro... Far-lhe-ás também sete lâmpadas. As lâmpadas serão elevadas de tal modo que alumiem defronte dele. (Êxodo 25, 31.37)

As velas no culto cristão católico

As velas, no culto cristão católico, simbolizam o próprio Cristo, Luz do mundo e Seu Santo Espírito, que veio em formas de línguas de fogo (Ver. Atos 2,3).

As velas são símbolos de uma contínua oração diante de Deus para que queimem continuamente diante do Senhor.

Daí, a importância de acender velas na intenção dos fiéis defuntos, para que nossa oração, simbolizada na vela, seja contínua diante do Senhor, em favor das almas dos defuntos. Depois de rezar e acender as velas, deixamos na presença do Senhor um símbolo material de nosso pedido, que o perpetuará continuamente na presença do Senhor.

Os falecidos não precisam das velas, mas das nossas orações. Todavia, nossas orações e intenções podem ser simbolizadas pelas velas.

Ao olhar para as velas acesas em favor dos defuntos, nós saberemos e nos lembraremos de nossos pedidos e estaremos pedindo novamente, só por lembrar, da mesma forma com que outros que olharem, também saberão que nós, a Igreja, estamos em oração.

OBS: Vale lembrar que as velas são acesas, assim como são feitas as orações, mas não diretamente às almas dos defuntos, mas sim a Nosso Senhor Jesus Cristo, pedindo para que Cristo olhe pelas Almas que estão no Purgatório e receba nossas orações que as fazemos em favor destas almas. Ou seja, nós rezamos pelas almas e não às almas, como se estivéssemos falando diretamente com estas. Toda e qualquer tentativa de contato direto com as almas dos falecidos é cair na heresia da Necromancia, coisa que a Santa Igreja Católica Apostólica Romana nos proíbe severamente e nos adverte para que jamais o façamos. Mesmo até porque não é permitido por Deus que as almas dos falecidos respondam ao jogo da invocação humana e, movidas pela invocação, venham falar com nós. Quem invoca "as almas dos defuntos", invoca é a demônios e quem "fala com elas" por meio de alguma prática de invocação, está falando é com demônios. Às Santas Almas do Purgatório só lhes é permitida a visita a alguém do mundo dos vivos, caso lhe seja permitida por Deus, para que venham pedir alguma oração ou, em casos especiais e mais raros, para dar algum sinal. Fora isso, nenhuma alma de falecido nenhum vem se manifestar no meio dos vivos para ficar de conversê fiado com ninguém, quer seja pessoalmente, quer seja incorporada (o que é pior ainda), pois almas de falecidos, ou estão no Céu, ou estão no Purgatório ou estão no Inferno - onde estas últimas, menos ainda têm qualquer acesso ao mundo dos vivos e estão completamente separadas de Deus.

Afinal, o que é o Purgatório

Afinal, o que é o Purgatório?

O Purgatório é um dogma de fé da Igreja e quem não o aceita, não pode se dizer católico. Após a morte, que é a separação do corpo e da alma, acontece um juízo particular, onde a alma é por Deus julgada e tem como destino, ou a eternidade feliz da Glória do Céu ou a pena eterna do Inferno. Sendo que para entrar na alegria do Céu, a alma precisa estar completamente pura, e daí a pergunta: Onde no mundo existe um homem que seja completamente puro e justo aos olhos de Deus? Se Deus fosse levar em conta todos os pecados dos homens como condenáveis ao fogo do Inferno, logo não existiria então um sequer que não fosse para o Inferno, ao mesmo tempo em que o homem que a alma que ainda carrega manchas de pecado, não podem ser introduzida na Glória Celeste. E foi justo para isso, que Deus, na Sua Infinita Misericórdia, criou o Purgatório, onde as almas ainda com as manchas dos pecados veniais (não condenáveis ao Inferno) cometidos em vida, passam por um processo final de purificação, até que estejam completamente puras e limpas destas manchas, para que assim possam ser introduzidas na Glória do Reino Celeste.

O que acontece é quando a morte chega, acaba o tempo de arrependimento do homem pelos seus pecados e de merecimento, onde a alma do pecador deverá esperar pela Misericórdia de Deus em relação aos pecados por ele cometidos quando em vida. Se tal homem, embora pecador o fosse, mas de alma não merecedora do Inferno devido às faltas leves do pecado venial, ainda não está prestes de ter a alma introduzida de imediato no Reino Celeste, sua alma ficará por um tempo no Purgatório, até que seja limpa através do fogo purificador e assim esteja apta a ser elevada ao Céu. O tempo de purgatório para cada alma varia de acordo com a gravidade dos pecados de cada qual. O Purgatório em si, é um lugar de sofrimento, todavia, não é como no Inferno, onde as almas que estão lá não têm esperança em nada, por elas não se adianta rezar e rezar, pois de lá nunca sairão e estão completamente ausentes da presença de Deus e dos serviços da Igreja. Já as almas do Purgatório, estas têm as orações que recebem de nós, os vivos, que são orações e atos de penitência que por elas fazemos e que diminui o tempo de suas penas e alivia seus sofrimentos.

Lembrando que as Almas do Purgatórios não são almas que estão aguardando julgamento, pois, como já dito aqui no Blog, o Purgatório não é um lugar de julgamento. As almas que estão no Purgatório, todas elas já têm sua salvação garantida e estão só aguardando que se cumpra o tempo de pena e de purificação, que varia de alma pra alma, até que sejam limpas por completo e assim introduzidas no Reino Celeste. Ou seja, elas querem ver Deus! Elas vão ver Deus e sabem disso, mas não estão preparadas ainda.

Pelas Almas do Purgatório nós rezamos, a Igreja reza, porque depois que a pessoa morre, ela não poderá mais fazer nada para ajudar a si mesma (embora a alma purgante já tenha a salvação garantida), mas nós aqui do mundo dos vivos, da Igreja Militante, podemos fazer, e muito, por elas. Tudo o que fazemos por estas almas é para que (como já dito) seus sofrimentos temporais sejam aliviados e suas penas abreviadas, para que o mais breve, junto da Virgem Maria e da multidão dos Anjos e Santos, elas possam o mais breve contemplar a Cristo face a face, na Glória do Reino Celeste, que é o que estas almas mais anseiam. Da mesma forma com que essas almas também podem fazer por nós, mas não enquanto no Purgatório e sim, já no Reino Celeste, quando saírem de lá, farão muito por nós, pois no Purgatório não existe ingratidão e estas almas serão sempre gratas para com todo aquele que por elas rezavam e por elas pediam nas Santas Missas, enquanto estas se encontravam no Purgatório. Agora também, que ninguém saia por aí fazendo orações por interesse pelas Almas do Purgatório, tipo: "Ah... Eu vou rezar por elas porque elas vão me ajudar e então à elas eu vou pedir isso e aquilo!" Isso aí já é falta de caráter e nem Deus nem as Santas Almas escutam e atendem rezas de araque de interesseiros. Ao rezar pelas Santas Almas do Purgatório, o faça de coração e com real interesse em ajudar.

O Purgatório não é um lugar de julgamento

O Purgatório não é um lugar de julgamento

O Purgatório não é um lugar para julgamento das almas que lá estão retidas, para que dali se decida se esta ou aquela alma será conduzida aos Céus ou arrastada ao Inferno. Todas as almas que estão no Purgatório são almas que já estão salvas, que já têm cada qual a sua salvação garantida e que já têm garantida a alegria eterna da Glória do Céu, mas que ainda não estão completamente purificadas de modo que possam ser introduzidas de imediato no Reino Celeste, por ainda carregarem as manchas dos pecados veniais em vida cometidos. Tais manchas só podem ser removidas por meio deste processo de purificação final; por meio de um fogo purificador, o qual se denomina "Purgatório", até que estejam completamente purificadas e, deste modo, prontas para serem conduzidas e introduzidas na Eterna Glória do Reino Celeste. Porque, não estando completamente pura, a alma não chega ao Céu, e se fossem levados em conta todos os pecados cometidos como condenáveis ao Inferno, logo nenhum de nós se salvaria, pois não existe no mndo, sequer um homem que seja inteiramente justo aos olhos de Deus.

Mas se estas almas já estão salvas, então por que rezar por elas?

Nós rezamos pelas Santas Almas do Purgatório e oferecemos sufrágios em seu favor (em especial a Santa Missa) para que sejam aliviados os seus sofrimentos e abreviadas suas penas. Para que assim, o mais breve possam elas contemplar e louvar a Cristo face a face, junto da Bem Aventurada Virgem Maria e da multidão dos anjos e santos, que é o que estas almas mais anseiam. Sem falar que são almas muito amadas por Nosso Senhor Jesus Cristo e que por isso, tudo o que por elas fazemos, é a Cristo a Quem estamos fazendo.

Oração pelas Almas

Oração para libertação das Almas do Purgatório, pelas Dores de Nosso Senhor Jesus Cristo

Senhor Jesus Cristo, dignai-vos, pelo Sangue precioso que derramastes no Jardim das Oliveiras, socorrer e livrar as Almas do Purgatório, principalmente a mais desamparada. Levai-a hoje para o Céu, a fim de que, unida aos Anjos e à Vossa Mãe Santíssima, ela vos bendiga para sempre. Amém.

Senhor Jesus Cristo, pelo Sangue precioso que derramastes durante Vossa flagelação, dignai-vos socorrer e livrar as Almas do Purgatório, principalmente a quem em vida me fez mais benefícios. Levai-a hoje para o Céu, a fim de que, unida aos Anjos e à Vossa Mãe Santíssima, ela vos bendiga para sempre. Amém.

Senhor Jesus Cristo, pelo Sangue precioso que derramastes durante a Vossa coroação de espinhos, dignai-vos socorrer e livrar as Almas do Purgatório, principalmente a que mais amou a Santíssima Virgem. Levai-a hoje para o Céu, a fim de que, unida aos Anjos e à Vossa Mãe Santíssima, ela vos bendiga para sempre. Amém.

Senhor Jesus Cristo, pelo Sangue precioso que derramastes carregando Vossa Cruz, dignai-vos socorrer e livrar as Almas do Purgatório, principalmente a que sofre pelos maus exemplos que lhe dei. Levai-a hoje para o Céu, a fim de que, unida aos Anjos e à Vossa Mãe Santíssima, ela vos bendiga para sempre. Amém.

Senhor Jesus Cristo, pelos merecimentos do Sangue precioso contido no cálice que apresentastes a Vossos Apóstolos depois da Ceia, dignai-vos socorrer e livrar as Almas do Purgatório, principalmente a que foi mais fervorosa com o Santíssimo Sacramento do Altar. Levai-a hoje para o Céu, a fim de que, unida aos Anjos e à Vossa Mãe Santíssima, vos bendiga para sempre. Amém

Senhor Jesus Cristo, pelos méritos do Sangue precioso que emanou de Vossas chagas, dignai-vos socorrer e livrar as Almas do Purgatório, principalmente aquela a quem me confiastes na terra. Levai-a hoje para o Céu, a fim de que, unida aos Anjos e à Vossa Mãe Santíssima, ela vos bendiga para sempre. Amém.

Senhor Jesus Cristo, pelos méritos do Sangue precioso que saiu do Vosso Sagrado Coração, dignai-vos socorrer e livrar as Almas do Purgatório, principalmente a que mais propagou o Culto do Vosso Sacratíssimo Coração. Levai-a hoje para o Céu, a fim de que, unida aos Anjos e à Vossa Mãe Santíssima, ela vos bendiga para sempre. Amém.

Senhor Jesus Cristo, pelos merecimentos de Vossa adorável resignação sobre a Cruz, dignai-vos socorrer e livrar as Almas do Purgatório, principalmente a que mais padece por minha causa. levai-a hoje para o Céu, a fim de que, unida aos Anjos e à Vossa Mãe Santíssima, ela vos bendiga para sempre. Amém.

Senhor Jesus Cristo, pelos méritos das lágrimas que a Santa Virgem Maria derramou aos pés da Vossa Cruz, dignai-vos socorrer e livrar as Almas do Purgatório, principalmente a que vos é mais cara. Levai-a hoje para o Céu, a fim de que, unida aos Anjos e à Vossa Mãe Santíssima, ela vos bendiga para sempre. Amém.

Morrer para ressuscitar

Morrer para ressuscitar

Morrer para ressuscitar: este é o mistério pascal que São Paulo exprimia afirmando a necessidade de passar da vida conforme a carne para a vida segundo o Espírito.

Esta transformação implica não só a remissão e o perdão do pecado, mas uma contínua transfiguração de toda a existência. Um penetrar sempre mais até as profundezas de nosso ser, para torná-lo sempre mais idôneo para esta plena e progressiva comunicação de amor que é Deus.

Na Igreja nesta terra essa purificação acontece por meio da caridade, da vida sacramental e litúrgica, pela ação caritativa e por meios que só Deus conhece. Na ascese cristã, a purificação através da mortificação ou sofrimento voluntário intencionalmente unidos à Paixão de Cristo sempre teve um lugar privilegiado.

Mas a doutrina cristã sempre ensinou que a purificação na vida presente, quase nunca poderá ser proporcionada à grandeza da futura comunicação divina. Por isso, no momento da morte e na vida depois da morte, o homem deve continuar a receber a purificação que ainda precisa, para poder ser membro daquela Igreja sem mancha nem rugas que Cristo quer apresentar ao Pai. A Igreja chama esta purificação depois da morte, de Purgatório.

Sobre a natureza e a duração desta purificação formaram-se as crenças populares e concepções figurativas muito imaginativas, sobretudo com o espetáculo de penas terríveis. A purificação depois da vida terrena só pode ser obra de amor, da parte de Deus e da parte do homem. Deus, para se doar ao homem de maneira total, remove todo obstáculo para dilatar a capacidade de acolhimento por parte do homem.

Com fundamento bíblico, a Igreja tem como artigo de fé que existe tal purificação. O que o Magistério autêntico formulou é muito sóbrio, porém: quem sai desta vida não completamente purificado, deve ser purificado no purgatório. Por outra parte, pelo intercâmbio vital da Comunhão dos Santos, cada fiel, e com eficácia a comunidade, tem um real poder de intervir junto de Deus com uma ajuda de sufrágio em favor dos defuntos. Para estes irmãos, a Igreja oferece os sufrágios, uma vez que há a comunicação de bens espirituais entre a Igreja Peregrina (nós) e a Igreja Padecente ou Purificante (Purgatório).

O Purgatório é a afirmação da dignidade do homem, garantia que na vida eterna ele não terá em si nada que ofusque, por pouco que seja, sua beleza e sua felicidade, porque terá atingido a perfeita inocência que o torna uma criatura sumamente amável a Deus infinitamente santo. Ao mesmo tempo é um aguilhão para o homem em sua caminhada para procurar, como os peregrinos em busca dos santuários, uma purificação que cresça de dia para dia, a fim de que seja manifestado ao Pai o amor que Jesus nos ensinou e comunicou, e que o Espírito reaviva com a Sua graça.

Do livro: "O Caminho do Senhor - Catecismo para adultos"
Editora Santuário, p. 448-449.

Posso acender velas pelas almas dentro de casa?

Posso acender velas em casa pelas Almas do Purgatório?

Não só pode, como deve! As velas nos ajudam a rezar, nos fazem sentir mais perto de Deus e nos recorda que também devemos ser luz para o nosso próximo. Uma vela acesa é o símbolo da vida que nos faz recordar que somos filhos da Luz. Assim sendo, acender velas e unir as mãos em oração, é um sinal de que ali existe alguém de fé e de oração.

Acerca das velas acesas em casa - ou seja aonde for - pelas almas dos falecidos, a Igeja recomenda e sempre recomendou as orações pelos Fiéis Defuntos, sem importar o lugar onde estamos, mas o que importa, mais ainda, é o coração orante e a oração sincera.

Quanto ao mito de que acender velas em casa pelos falecidos não é bom", o fiel católico deve dispensar essa crendice supersticiosa, mesmo até porque a Santa Igreja nos alerta para que nos guardemos de cair na superstição. Logo, se tiver o desejo de acender uma ou mais velas por algum falecido ou pelas Almas do Purgatório de um modo geral, o faça! Pode acender a vontade, seja em casa, seja no cemitério ou em qualquer local apropriado em que as igrejas (paróquias) oferecem. Agindo assim, além de fazer bem a ti, fazer bem às almas e fazer bem à Cristo, você não estará indo contra os ensinamentos da Igreja que, no caso, é o pensamento herege e equivocado de que "não é bom acender velas em casa pelos falecidos". O único cuidado que deves tomar a acender velas em casa, é com a segurança, garantindo sempre que a (ou as) vela(s) serão acessas em local seguro, longe de inflamáveis, de objetos que possam vir a pegar fogo; fora do alcance de crianças e de animais domésticos (caso tenha) e de forma com que não venha a cair, certificando-se de que esta esteja bem fixa no local que a irá receber (castiçal, etc...). É importante também evitar de se acender velas antes de sair para algum lugar, de modo que a mesma fique acesa enquanto você se encontra ausente, por isso, o recomendável é acender as velas em momentos em que você se encontra presente, a fim de uma maior vigilância quanto a mesma.

Acender velas pelos Fiéis Defuntos significa também que:

- Você é uma pessoa de fé;

- Que o finado cultiva uma vida de temor a Deus (pois as Almas do Purgatório não estão separadas da Igreja);

- Que você está fazendo um dos maiores atos de piedade, que é rezar por e ajudar àqueles que nada podem fazer por si mesmos - pois as Almas do Purgatório são completamente passivas e que por isso dependem única e exclusivamente de tudo aquilo que por elas fazemos.

Enfim, rogar a Deus, seja pelos vivos ou pelos defuntos, são obras de misericórdia espiritual. Por isso, continue sempre a rezar por todos aqueles que lhes são importantes, pois sua oração toca o Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo.

E para as Almas do Purgatório? O que significam as velas?

Embora não seja a vela em si que liberta, que purifica, que traz indulgências, mas sim nossas orações que pelas Santas Almas são feitas, junto com nossas orações que por elas ofertamos, as velas acesas pelas almas dos Fiéis Defuntos, para estes é um gesto de amor, um gesto de carinho do fiel devoto para com as almas, assim como também o são as flores que são depositadas sobre os túmulos ou nos altares para orações. As flores em si, para elas (almas dos Fiéis Defuntos), podem não ter significado algum, por se tratar de algo material, mas o que para elas faz efeito são as coisas espirituais, a intenção em seu coração e as orações que você faz junto com as velas e as flores, para elas, junto com as velas e as flores, o gesto de amor, de carinho e de dedicação têm grande valor e significado.

Uma outra dúvida e até mesmo medo desnecessário que alguns católicos ainda carregam é: "Ah, mas as velas, principalmente dentro de casa, não irão 'perturbar' as almas"? Ora, isso não existe! De onde é que tu tirou isso! Não existem "almas perturbadas", não existem "almas perturbadoras", não existem "almas vagantes". Todas as almas daqueles que já se foram, ou elas estão no Céu, no Purgatório ou no Inferno (de onde sequer podem sair para lugar nenhum) e não desfilando, muito menos passeando por aí buscando a quem azuclinar as idéias. As Almas do Céu são almas santas e intercessoras, as do Purgatório são almas prestes a serem introduzidas no Céu e estão passando pelo processo de purificação final dos eleitos, até serem no Céu introduzidas; já as do Inferno, uma vez indo pra lá, de lá não saem, de lá não podem arredar pé, não têm nenhum acesso a nós e nem nós a elas. As únicas coisas que podem ficar vagando por aí e buscando à quem se chegar são demônios, ainda sim se você lhes der brechas, e não as almas dos falecidos. A nossa devoção é para com as Santas Almas do Purgatório, pelas quais pedimos em nossas orações. Orações que fazemos, não para guiá-las nem para conduzí-las "ao caminho certo", pois bem guiadas elas já estão. Só estão no Purgatório temporariamente até que lhes sejam retiradas todas as manchas que ainda as impedem de imediato serem introduzidas no Reino Celeste, e nossas orações são para ajudá-las, para que, aliviados sejam os seu sofrimentos e abreviadas sejam suas penas, para que o mais breve sejam introduzidas no Reino Celeste.

Que nenhum católico se deixe enganar: Alma do Purgatório e nem alma de lugar nenhum é capaz de fazer qualquer mal ou perturbar a quem quer seja! Uma, porque não é nem um pouco, desejo delas o de perturbar ou "assombrar" a ninguém. Outra, porque se elas assim agissem, isso só lhas faria aumentar o tempo de purgatório, e o que elas mais querem é o mais breve sair do Purgatório e não "ficar fazendo tempo de casa" nele. Assim sendo, não tenhais receio algum de fazer orações e de acender velas em qualquer lugar, qualquer dia e qualquer hora pelos fiéis defuntos. Esta já é uma prática antiga, que já vem desde os tempos dos primeiros cristãos. É uma prática de amor, a qual a Santa Igreja sempre ensinou e sempre recomendou. Ouçamos pois, a voz da Santa Igreja e sigamos o que ensina a Sua Sã Doutrina, rejeitando tudo e qualquer doutrina que de dentro da Santa Igreja não provenha.