quinta-feira, 17 de novembro de 2022

O que são as indulgências

O que são as Indulgências

Indulgência é o perdão das penas dos pecados cometidos, as quais podemos obter para nós mesmos ou aplicá-las aos Fiéis Defuntos (no caso, as Almas do Purgatório), mas não podemos obter indulgências para outras pessoas vivas. As indulgências, ou são para nós ou são para os fiéis defuntos, mas nunca em favor de outrem.

As indulgências se conseguem por meio de sacrifícios e penitências que fazemos, rogando a Deus por misericórdia para o perdão dos nossos pecados ou para a purificação das almas que ainda se encontram retidas nas penas temporais do Purgatório. É a chamada "Comunhão dos Santos", na qual as almas que estão no Purgatório, junto com aquelas que já estão no Reino Celeste e nós - ainda neste mundo - caminhamos unidos em comunhão e em orações uns pelos outros, onde as almas que já estão no Reino Celeste glorificam a Deus por nossas orações e, ao mesmo tempo, intercedem por nós, que rogamos para que Nosso Senhor Jesus Cristo use de Sua Misericórdia e liberte o mais breve, aquelas que ainda padecem as penas temporais do Purgatório, que nos serão gratas e que nunca se esquecerão de tudo aquilo que por elas fazemos.

Bendito e Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Posso acender velas pelos finados dentro de casa?

Posso acender vela pelos finados dentro de casa?

Não só pode como Deve, pois a vela, mostrando sua luz, nos faz recordar Nosso Senhor Jesus Cristo e de Sua presença, renovando as esperanças e iluminando o mundo. As velas acesas nos mostram também que as mãos que a acenderam, são mãos de alguém que tem fé e que ali tem alguém de fé. Assim sendo, tanto faz o lugar onde você acenda suas velas e tanto faz se você as acende, seja pelos vivos, seja para os Santos, Jesus, Nossa Senhora, Anjos e também pelos fiéis defuntos, pois a Santa Igreja recomenda e sempre recomendou orações e velas pelos fiéis defuntos, não importa o lugar que seja: se é na Igreja, cemitério, fora ou dentro de tua casa.

Quanto ao acender uma vela dentro de casa, o cuidado que o fiel devoto deve tomar é o de fixar a mesma em um local seguro para que assim se evitem acidentes; longe de qualquer objeto que ofereça risco de pegar fogo, longe do alcance de crianças e longe de lugares onde algum animal doméstico possa passar e esbarrar. É importante também de que se certifique que a vela está bem fixa no local onde foi "plantada", para assim evitar algum risco de queda da mesma. Ao acender (no caso, dentro de casa), procure sempre fixar a vela num castiçal ou, caso não o tenha, em um pirex ou pratinho, mas nunca em contato direto com o local onde a mesma será acomodada. Evitar-se-á também de acender a vela e sair de casa, deixando a mesma queimando sem que tenha alguém em casa para dar a devida atenção. Caso acenda a vela e tenha que sair para algum lugar após tuas orações, quando terminar de rezar, apague-a, pois é mais seguro, e volte a acender quando retornar para casa.

Resumindo: Pode sim e deve sim, acender velas pelos fiéis defuntos dentro de casa. O cuidado que devemos tomar - como já mencionado acima - é com a questão de segurança para que se evite acidentes e não com a questão espiritual.

Que Nosso Senhor Jesus Cristo nos abençoe!

sábado, 25 de abril de 2020

Nossos sufrágios e a gratidão das Almas do Purgatório

Nossos sufrágios e a gratidão das Almas do Purgatório

Que os sufrágios que prestamos às pobres almas sofredoras do purgatório seja uma obra muito meritória e receberá certamente grande recompensa de Deus, nenhum teólogo o contesta. É uma obra de caridade, e Nosso Senhor, que promete recompensa até a um copo de água dado em seu Nome, como não há de ser propício a quem socorre as mais miseráveis e infelizes e desprotegidas criaturas: as pobres almas, que nada podem fazer por si para se livrarem dos tormentos a que estão submetidas pela Divina Justiça e dependem da nossa caridade! É certo que as almas libertadas das chamas da expiação, no céu, intercedem por seus benfeitores, porque estão cheias da Divina Caridade e podem, como os Santos, nos valer neste mundo. Portanto, o mérito que adquirimos com a caridade do sufrágio será bem recompensado porque a ingratidão nunca entrou no céu e as santas almas salvas por nós serão nossas advogadas e tudo farão por nós junto de Deus.

Ora, se Nosso Senhor declara que no dia de Juízo há de dar o céu e uma grande recompensa às obras de caridade, não há de recompensar generosamente estas obras de caridade para com as benditas almas?

Tem muito mérito o sufrágio, o socorro às benditas almas.

domingo, 12 de abril de 2020

Dois benefícios ao fiel católico que visita piedosamente os cemitérios

Dois benefícios ao fiel católico que visita piedosamente os cemitérios

a) rezar pelos mortos, lá onde estão enterrados (claro que a alma não está lá, mas o corpo sim, e ele também é elemento do ser humano, e será ressuscitado: evitemos esse espiritualismo de raiz platônica e gnóstica);

b) refletir sobre a nossa própria morte, para que nos santifiquemos.

“Estas reflexões evidenciam a importância dos cemitérios. Eles guardam os corpos que serviram à vida, até à chegada da morte.E aí esperam a ressurreição final. As catacumbas, admiráveis demonstrações da Fé cristã nos primeiros séculos, são alvo da devoção e do carinho dos discípulos de Jesus. Documentam a perseverança na Fé e, com freqüência, até o heroísmo do martírio. Na Idade Média, as sepulturas eram feitas em igrejas e imediações. Mesmo em qualquer outro lugar, era sempre uma área santa, merecedora de solene bênção. Era reservada exclusivamente aos fiéis, mas hoje dá a última hospitalidade a todos, inclusive não-cristãos. E a eles vão os parentes e amigos para o sepultamento – ou, como é o caso do Dia de Finados – recordar os que nos precederam e por eles rezarem. (…) A visita ao cemitério desperta em nós a meditação sobre os Novíssimos.” (Dom Eugênio de Araújo Cardeal Sales. Diante da Morte, em 26/10/2001)

Da visita piedosa aos cemitérios

Da visita piedosa aos cemitérios

A Igreja, aliás, vê com muito bons olhos e recomenda vivamente a visita aos cemitérios para rezar pelas almas. Tanto que os cemitérios católicos são considerados lugares sagrados pelo Direito Canônico.

No fundo, esse “medo” ou “aversão” aos cemitérios, tão comuns nos dias de hoje mesmo entre os católicos, é um sintoma de uma sociedade doente, não-cristã, que não convive bem com a morte. Tal medo, com certeza, não existiria com tanta freqüência numa época mais católica, como a Idade Média

A visita aos cemitérios é uma prática, em suma, muitíssimo devota. Cuidar do túmulo, rezar diante da tumba, colocar flores. O ser humano é psicossomático, e a Igreja, sabendo disso, aconselha que visitemos os cemitérios justamente para excitar nossa inteligência e nossa imaginação a fim de que pensemos mais nos mortos.

A tradição da Igreja exortou sempre a rezar pelos mortos. O fundamento da oração de sufrágio encontra-se na comunhão do Corpo Místico… Por conseguinte, recomenda a visita aos cemitérios, o adorno dos sepulcros e o sufrágio, como testemunho de esperança confiante, apesar dos sofrimentos pela separação dos entes queridos”(João Paulo II, in L´Osservatore Romano, n. 45, de 10/11/91).

Os cemitérios cristãos são testemunhos da esperança que o católico cultiva como virtude teologal, e da qual pouco se fala em comparação com a fé e com a caridade.

Ter aversão aos cemitérios, ou deixar de ir tanto a eles, pode significar que, no fundo, não temos assim tão presente essa virtude.

Alguns objetarão que lá só existem os corpos, que as pessoas, de verdade, lá não estão, e sim na vida eterna (na glória, no inferno ou em purificação no purgatório).

Realmente, ninguém está no cemitério, exceto o coveiro. Mas nem por isso, a Igreja deixa de incentivar as visitas. Qual o motivo? Porque, lá jaz um corpo de um homem. E esse corpo foi templo do Espírito Santo. Esse corpo um dia ressuscitará. Esse corpo é um sinal e um testemunho de que a vida passa, mas a alma é imortal. Esse corpo nos ajuda a perceber a realidade da morte. Esse corpo nos ajuda a rezar mais e melhor pela alma do falecido.

"O gesto de levar flores ao cemitério, fazer uma visita, uma oração… tudo isso é expressão de certa união diferente, mas real.” (Pe. Octávio Ortiz, LC, in Sacerdos)

Não somos, evidentemente, obrigados a ir aos cemitérios. Sem embargo, trata-se de uma prática muito piedosa da qual não devemos descuidar.

Certo, pode-se lembrar dos fiéis defuntos fora do cemitério. Como lugar sagrado, entretanto, o cemitério é uma parcela importante da piedade para com os mortos.

sábado, 11 de abril de 2020

O Rito das Exéquias

O Rito das Exéquias

Exéquia é um conjunto de ritos e orações que a Igreja faz, por ocasião da morte de um fiel cristão, desde o momento que expira até seu cadáver ser colocado no sepulcro ou incinerado.

O ritual vai além de uma simples cerimônia de encomendação de defuntos durante o velório. Ele é um direito do cristão e um dever dos ministros da Igreja e da comunidade eclesial para com os irmãos falecidos.

Celebrar o rito com o corpo presente é acompanhá-lo até o fim e realizar a sua entrega a Deus. O rito das exéquias deve exprimir a índole pascal da morte cristã e corresponda ainda melhor às condições e tradições das diversas religiões também com relação à cor liturgia.

Os ritos e orações na morte de um cristão podem ser visto como simples prova de sentimento humano, mas em outras culturas os funerais tiveram um significado religioso, muito mais no cristianismo, para o qual todo o autenticamente humano é susceptível de adquirir sentido sagrado.

A celebração litúrgica tem seu próprio lugar: o viático e a recomendação do moribundo constituem as ações litúrgicas que convertem de um ato fisiológico numa celebração cristã. A morte pode ser objeto de celebração litúrgica quando está ligada com o mistério pascal de Jesus Cristo, única realidade que é de fato celebrada pelos cristãos.

Através das exéquias a Igreja reza pelos defuntos e dá ensinamentos aos vivos, e celebra a morte como um evento de salvação.

O Sacramento da Extrema Unção

O Sacramento da Extrema Unção

Extrema Unção é o Sacramento que nos prepara para a morte. Do mesmo modo que em uma doença nos coloca em perigo de morte, precisamos de um fortalecimento especial para o corpo, precisamos igualmente fortalecer a alma, deixando-a pronta para esta passagem, quando estaremos indo para junto de nosso Senhor Jesus Cristo para sermos julgados pelos nossos atos.

Para ajudar o cristão a ir para o Céu em seu momento de doença grave, Jesus Cristo lhe vem em auxílio e institui o Sacramento da Extrema Unção. Todo católico que, por doença, acidente ou velhice avançada, estiver em perigo de morte, deve receber a Extrema Unção. Mesmo as crianças com doenças graves e em perigo de morte podem também receber a Extrema Unção. Normalmente devemos receber a Extrema Unção já tendo recebido a absolvição dos nossos pecados. Ao menos devemos ter o arrependimento de todos os nossos pecados.

Os demais sacramentos que recebemos são sacramentos que nos preparam e que nos fortalecem para a vida terrena com Cristo. Já a Extrema Unção é o Sacramento que nos prepara para a morte e para a Vida Eterna.